terça-feira, 17 de setembro de 2013

Bom demais!!!! Querido diário otário, de Jim Benton

Abaixo, você tem dois trechos do livro "Querido diário otário". Divirta-se!


Segunda Feira, 2
Querido Diário Otário, 
Hoje a tarde, eu estava lá fora brincando com o meu beagle, Fedido, fazendo aquele joguinho em que agente finge que joga a bola, daí ele sai correndo como um bobo pra pegar e de repente se toca que você não jogou bola nenhuma. Eu geralmente faço isso duas ou três vezes, mas acho que hoje estava meio distraída, porque, quando finalmente me toquei que ainda não tinha jogado a bola nenhuma vez, já tinha fingido umas cento e quarenta vezes. O Fedido estava meio irritado e espumando e não quis voltar pra casa por um bom tempo. . Será que os cachorros são rancorosos?


Terça-feira, 3 
Querido Diário Otário, 
Acho que hoje eu estive muito próxima de ganhar um apelido, o que é praticamente a pior coisa que pode acontecer com você num colégio. Eu estava comendo um pêssego no recreio e o outro pêssego caiu na minha mala. O Mário Pinsetti, aquele idiota que só consegue respirar pela boca e que, para o meu azar, estava ali do meu lado, disse: - Ô Pesseguilda! Ele é praticamente o ''apelideiro'' oficial do colégio e, apesar de serem sempre idiotas, os apelidos que ele dá acabam durando para sempre. (Não acredita em mim, Diário? Então pergunta ao ''Bundão Bundeira'', um dos primeiros apelidados por Pinsetti. Eu nem sei qual é o nome verdadeiro do menino. Ninguém sabe. Ele é chamado de Bundão Bundeira há tanto tempo que até a mãe dele já chamou de Bundão uma vez, quando estava deixando ele na escola. - Tchau, Bundãozinho! Quando percebeu o que tinha feito, ela tentou ajeitar: - Temos muito orgulho de você! Voltando à história dos pêssegos. Eu peguei aquela fruta maligna rapidinho e enfiei na mochila, achando que ninguém tinha ouvido o Pinsetti. Isso com certeza anularia a validade do apelido. Mas, então, uma adorável risada tilintou nos meus ouvidos como o som de alguém acariciando a barriguinha de um bebezinho fofo com um filhotinho macio. Quando me virei, lá estava ninguém mais, ninguém menos que Angelina, que estava com certeza fixando o apelido para sempre em sua memória. Agora é só questão de tempo até que eu esteja assinando meus trabalhos como PESSEGUILDA.

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